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quinta-feira, outubro 11

O Turul e a Tricolor – A Volta do Ódio.


Desde os meus primeiros anos aprendi a amar a Hungria como o país dos meus pais, por conseqüência um país meu. A outra metade de minhas origens. E com o passar dos anos, mergulhei em sua história e cultura. Ensaiei as primeiras e duras palavras daquele idioma quase extraterrestre, fartei-me de suas delícias em tardes na mesa da minha avó, ouvia ao cair da noite as fantásticas histórias do herói Árpad e das grandes conquistas daquele povo único no centro de uma Europa eslavo-germânica. No dia em que nas suas terras pisei pela primeira vez, não me senti estranho, sentia-me em casa. Estavam lá, cada praça, cada ponte, cada lembrança de meus avós... estavam também o Danúbio e a Grande Sinagoga. 

Finalmente pensei na firme possibilidade de ali viver. 

As coisas, porém mudam a cada dia. Nem sempre claro, naquilo que julgamos correto... assim, muda também a Hungria.